terça-feira, 13 de abril de 2010

Fajardo - pintor e incentivador da bela arte

JG Fajardo - respeito e incentivo ao próximo

É interessante quando constatamos que na órbita artística há aqueles que se destacam ainda mais, por competência, talento ou carisma. Artistas como Meziart, Ferrari, Barbato, Eduardo Fiel, Jorge Eduardo destacam-se pelo brilho de seus talentos e exuberância de seus trabalhos. São artistas maravilhosos e dão um orgulho danado na gente! Mas, cada artista é como Deus o fez. Único. Uma só matriz, que não se repete.
Nesse contexto de raciocínio está também o jovial pintor Fajardo, professor de artistas. De alguns artistas. É referência para esses, que o procuram para aulas de pintura. Com essa bonita interação entre colegas, todos ganham, mesmo que venham à tona, vaidades incontidas de alguns.
Há outra característica de J G Fajardo, que muito aprecio: a de adquirir obras de arte de outros artistas. Ele sempre diz que "gosta de olhar as paredes de sua casa e ver outras visões, outras possibilidades manifestadas, que contribuem para o alargamento de sua visão da vida".
Tem um gosto bastante eclético para arte, onde possui gravuras, esculturas e quadros que vão aquém e além de seu próprio estilo. Permite-se uma elasticidade de gosto e jamais se fecha em sua própria prática estética.

Clara Novik

A fina pintura do Mestre J G Fajardo


"Reconciliação" - óleo s/tela - de JG Fajardo







Quando posso acompanho os preparativos de Fajardo para o desenvolvimento de uma pintura, seja retrato, situações ou qualquer outro assunto que lhe pedem para pintar, ou ele mesmo, em seu ofício de pintor. Algumas vezes o vejo a olhar a tela branca, posta à frente, no cavalete. Sua fisionomia oscila entre desafio, serenidade, compulsividade e prazer. Fajardo tem por hábito pintar todo o fundo primeiro, camadas de tintas sobrepostas, em cores pastéis à óleo. Em sua paleta predominam o ocre, sépia, siena queimada, carmim, griz de pane, branco titâneo, pele, vermelho de cadmo, azul cerúleo e verde esmeralda. Essas cores misturadas adequadamente, transformam-se em outras, que a retina não processa, em primeira instância. Mas, à medida em que o artista as coloca em seus lugares próprios, àquelas cores se modificam. Esses antigos e indecifráveis tons passam imediatamente a dar o tom correto, ao objeto pintado. Tudo começa a fazer sentido nesse espaço de pano esticado sobre chassi de madeira. O lúdico é convocado a fazer parte, não fica à margem. A pintura do mestre fica entre o tênue fio que separa a realidade da fantasia. Sinceramente, não sei dizer bem, não sei exatamente se Fajardo traz realidade a fantasia, ou se fantasia a realidade.

Clara Novik

domingo, 11 de abril de 2010

A Cara do Rio - 2010

"Lacerda - O mago das palavras" -oleo s/ madeira - JG Fajardo
A exposição "A Cara do Rio - 2010" foi bem-sucedida, um sucesso. Cada edição tem suas especificidades, particularidades e alcances de repercussão. A deste ano contou com mais artistas. Foram incorporados desta vez, novos e veteranos artistas não participantes de outras mostras, o que a engrandeceu ainda mais. Foram 115 forças e mentes a contribuir para interpretação desta cidade. Veja no acaradorio.arte.br, e confira!
CN

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O talento faz diferença.

"Ecoline e hidrocor s/papel" - de JG Fajardo
Soma-se a isso, pesquisa, estudo, observação, prática, convivência com pares, etc. O talento ajuda na diferença, mas, só o talento não resolve. É preciso adquirir conhecimento para expandir horizontes e um bom grau de relacionamentos. Se bem que, se a pessoa tiver um temperamento extrovertido, for disposta, atualizada, coerente e tiver motivação para as coisas, o sucesso poderá estar lhe esperando na próxima esquina.
No convívio com Fajardo, percebí que ele se remodelou, saiu de uma condição pessoal tímida e se superou. Venceu uma certa gagueira inicial, e cedeu espaço para que a sua enorme arca interna, repleta de tesouros fosse aberta. Quem o conhece já sabe.

Clara Novik

Promessas, plantios e colheitas

JG Fajardo

Não há notícias de aulas mais motivadas, do que as do GALPÃO 21, às quintas-feiras. A Tijuca bem que estava mesmo precisando de uma orientação artística assim. Tudo por causa do pintor e professor JG Fajardo, o artista que rompe assim... incentivando a realizar sonhos!
Seus alunos que o digam! Primeiro surgem as idéias; segundo os preparativos; e por terceiro e último, as realizações. Confira você hoje mesmo, e veja por que esse Atelier é diferente. E confiável!
{ Próximo à estação Metrô Saens Peña }

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pintar retratos é para quem sabe.

"Imperador D. Pedro II" - óleo s/tela - JG Fajardo


















"Dona Otília" - óleo s/tela - JG Fajardo

















Nas minhas viagens por ai, nesse mundo de Deus, vê-se de tudo. Artistas pintores ótimos, regulares e medíocres, mas, o público é sensível a esses relevos qualitativos. Há gostos para A a Z nas artes.
Para os historiadores da cultura e da sociedade, as artes visuais são tão importantes quanto qualquer outro assunto. A antiga e nobre arte de retratar pessoas, sempre teve no amplo território que a pintura abrange, aqueles que mais se destacaram: Dürer, Hans Holbein, Rembrandt, Velásquez, Van Dick, Van der Helst, Verspronck, Sargent, Autran, Rockwell, e os atuantes Benício e Lucian Freud, dentre tantos outros deslumbrantes nomes que, atraem e atraíram, embevecidos, a atenção do público, de galeristas e colecionadores particulares. E hoje, nesse início de século XXI, também existe um acervo de ouro vivo, de grandes pintores da especialíssima arte de realizar retratos.
Retratos pintados funcionam como documentos básicos do comportamento e do ambiente dos respectivos modelos. E aqui chamo a atenção para o artista em questão, J. G. Fajardo. Pintar pessoas é sua mais dedicada especialidade, e ele o faz com o esmero que o contemplado almeja. Vale uma observação rara, raríssima, numa outra área, tão delicada quanto a de pintar pessoas: é a arte de acertar o alvo, atender às espectativas mais recônditas e íntimas do retratado, e fazê-lo sorrir, agradecido. Isso não sou eu quem afirma. São eles, os agraciados com sua pintura envolvente. Retratos devem ser confiados a quem sabe.
Clara Novik

domingo, 4 de abril de 2010

E tudo começou...

No dia 06 de agosto de 1960 quando José Geraldo Fajardo nasceu, no interior do estado do Rio. Sua infância foi cercada por pais amorosos e presentes, verde para todos os lados e muito ar puro para respirar. Sob este ambiente Fajardo desenvolveu seu temperamento, personalidade, gosto e caráter, que conheço bem, pois já tive oportunidades de vê-lo agir em diversas situações na vida. E uma coisa constatei: Fajardo possui um entusiasmado invejável, e uma decência pessoal que vale milhões. Sua disposição para projetos mais elevados o torna seletivo, causando com isso distanciamento dos apáticos e aproximação dos afins. Em 1983 veio para o Rio, a fim de semear, para colher seus antigos ideais. Começou em agências de publicidade, ilustrou para revistas, livros, até finalmente entregar-se a seu grande amor: a pintura. Mas primeiro atuou como ilustrador. O grupo Casseta e Planeta contou com a habilidosa participação de Fajardo, em seus almanaques mensais, entre 1989 a 1994. Ali, o artista contou de forma diferente e própria a sua narrativa estética-realista dos assuntos em questão na revista. Suas ilustrações, muitas à grafite, eram bem definidas, onde as características representadas tinham um visual Fajardiano, não caricaturado. Essa faceta despertou atenção dos leitores e público interessado em gibis e revistas de humor.
Em outra fase, Fajardo foi procurado por um editor europeu, para ilustrar um livro sobre culinária brasileira. A editora irlandesa The Appletree Press, através de sua coordenadora escreveu, de próprio punho, sobre seu encantamento pelas ilustrações caprichosas e coloridas dos pratos brasileiros selecionados que Fajardo fez para o livro A Little Brazilian Cookbook .
Também na SBPC, Fajardo colaborou como ilustrador para a respeitável revista Ciência Hoje das Crianças. A Cia. Valle do Rio Doce teve Fajardo como ilustrador de um livro especial sobre a cidade de Belém, Pará. Outras convites e experiências brotaram em seu caminho, mas Fajardo mantinha dentro de si a imorredoura idéia de ser pintor. E assim caminhou para essa direção. Seu primeiro quadro, um belo óleo sobre tela, formato 40 cm x 40 cm, é de uma mulher embevecida pelos prelúdios do amor, de olhar convidativo que segura languidamente sua taça de vinho à mão. O título é Beldade. Esta tela lhe pertence, faz parte de seu acervo.
Enfim, este foi um resumido histórico desse artista que orgulha qualquer país. Espero que vocês apreciem. Muito obrigada,

Clara Novik